Fomentam-se os tambores

O vestibular está cada vez mais próximo. EU EU NÃO ESTOU NERVOSO!

Na verdade, eu estou nervoso por não estar nervoso! Vejo as pessoas no cursinho esfregando as mãos, desesperadas olhando para o relógio, mal agüentando controlar a ansiedade.

Esse é meu primeiro vestibular. Nunca tinha passado pela pressão que é o vestibular. NUNCA. Eu já fiz o PAS, mas não é a mesma coisa.

Acho que descobri o que eu estou sentido: profunda desconfiança quanto à índole da Universidade de Brasília. Os professores a tratam como um ser vivo, como um filósofo que nos ensina sociologia, história, matemática e outras coisas. Ela é personificada, ela é mágica, ela é o máximo, ela é tudo de bom, ela é tudo de ruim, ela é o capeta...

Professores escrevem no quadro quantas semanas faltam para o vestibular. Mas eu tenho outras coisas pra me preocupar: o Enem. A prova é como um mito. Ninguém nunca fez e também não sabe explicar como é. Ainda bem que alguém roubou a primeira prova e deu uma chance dos alunos de todo o Brasil terem acesso à prova. (se bem que eu já queria ter feito essa prova há muito tempo...)

...A UnB quer que os vestibulandos se fodam. É tipo uma menina virgem e safada. Quer todo dentro, mas não quer que ninguém passe. Apenas com muita insistência é que ela vai se abrindo e aí, tudo são flores.

Quero passar na UnB pra tentar sentir esse perfume, pois, como dizem, ao cheirá-lo, ele nunca sumirá dos campos da lembrança.

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Disclaimer: esse texto é antigo, antes de uma abertura de cabeça. Resolvi mantê-lo intacto, para preservar a memória, mas eu já não penso como o César de 2009.