Lira
Luz turva. Havia uma gelada névoa no ar. Uma mulher corre desesperada por uma densa floresta. Ela veste um vestido feito de seda, que cola em seu corpo com o vento, deixando evidentes as linhas de seu corpo esbelto. Estava ofegante, cansada; corria rapidamente procurando algum lugar seguro onde pudesse esconder um pequeno embrulho que carregava.
Encontrou um poço no meio da floresta. Conhecia bem e aquela floresta, mas nunca o tinha visto. Um homem surgiu de lugar nenhum, assustando a mulher, que deixou o embrulho cair no chão. A mulher gritou assustada e rapidamente pegou o objeto no chão. Encostou no poço.
— Me entregue o código Lira! — O Homem misterioso falou. Vestia um sobretudo vermelho e apoiava-se numa bengala. Sua voz era rouca e velha. — Você sabia que esse dia iria chegar!
— NÃO! Só Deus sabe do que você é capaz de fazer com isso em mãos! — Lira apertava cada vez mais o embrulho. — Eu NUNCA entregarei!
Lira chorava. Olhou para o poço e atirou-se de repente. O Homem não pode fazer nada para evitar. Lira voava. Abraçava o embrulho. O fundo daquele poço sem água se aproximava cada vez mais rapidamente...
Acordou daquele devaneio. Olhava ainda da beirada do poço. Olhou para o Homem que se aproximava para pegar o código à força. Respirou fundo e num ato de profundo sacrifício, jogou o pacote no poço... Sentiu as mãos fortes do homem no pescoço lhe estrangularem...
Ω
Quando o rapaz acordou naquela manhã fria ainda estava escuro. Assustado e com frio, levantou-se, acendeu a luz, pegou o casaco e cantou alguma música mentalmente, tentando esquecer as imagens daquele sonho...
Os tímidos raios de sol começavam a iluminar o quarto pequeno e improvisado, isolado da casa, no sótão, com acesso pelo banheiro. A janela com vidros empoeirados estava dourada com as luzes do raiar do dia. Guilherme finalmente criou coragem para descer e fazer alguma coisa que não fosse se lembrar do rosto de uma mulher, que gritava e chorava por alguma coisa que caía num poço...
Muito bom! Termine, quero saber o que aconteceu com a mulher. Na minha mente, a floresta é úmida tem um tapete de folhas cobrindo o chão. As folhas nas àrvores são escuras, e o céu é nublado.
ResponderExcluirHa, legal... Devo usar mais adjetivos?
ResponderExcluirnão sei. Se for o seu estilo... Só comentei porque foi o que a minha imaginação criou. O legal é a gente imaginar também, não?
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