Meta-texto Sobre Eu Mesmo
Enquanto vejo vários amigos com surtos criativos mais criativos que os meus, vou me sentindo pouco produtivo e de certa forma, inútil. Não que eu não esteja produzindo nada. O problema é que penso muito e escrevo pouco. Observo certas situações que me chamam atenção, mas é só começar a escrever, que uma nuvem escura de incriatividade me encobre, e eu não consigo escrever mais que um parágrafo.
Os segundos parágrafos são bem parecidos. Eles sempre continuam a incriatividade que comecei no final do começo do texto, e aí, o meu texto, se fosse escrito em papel, provavelmente estaria todo embolado e jogado na cesta de bicicleta que eu chamo de lixeira. Talvez seja essa a solução que eu tanto procuro. Devo mudar de materiais... Usar lápis, caneta, lapiseira, whatever. Mas acabei de me lembrar que todas as vezes que eu usei meu caderno de ideias, eu parei na metade do texto: sempre fico decepcionado quando começo a escrever com uma bela caligrafia e quando vejo, estou quase dormindo e a minha letra parece um rabisco de ensino fundamental. Decepção e frustração. Taí.
O último texto mais consistente que eu escrevi, eu não publicaria. Trata de uma mulher ex-ninfomaníaca, tarada e descontrolada que resolve se casar mas não sabe como. Daí já dá pra tirar alguma coisa. No meio da história, eu descobri que ela era sadomasoquista e adorava bater nos testículos dos parceiros. Bem a partir daí, eu teria que escrever uma história bem esquisita sobre um incidente no Motel, mas aí começou a surgir três rapazes. Como eu achei que o texto estava um pouco estranho demais, larguei de mão. E já havia escrito algumas páginas. Pretendia fazer uma série.
A minha fase de escrita quase sexual continuou com a história de Yago, um rapaz que chega exausto em casa e se joga na cama. Ele dorme, sonha com dançarinas nuas de hula-hula e tem polução noturna. Aquilo foi suficiente pra eu resolver não escrever mais aquela história. Achei estranho demais...
Um dia, quem sabe, minha inspiração volte e eu possa escrever textos geniais, como vejo meus amigos escritores fazerem. Vou pedir pro Machado me ajudar depois... Vou falar muito com ele esse semestre na faculdade... Talvez entrar nos mundos que ele cria possa ser útil. Vou falar com o Douglas Adams também. Acho que pretendo visitar Nárnia um dia desses. Sempre me deixa mais animado.
Enquanto isso, deixo você com esse meta-texto sobre eu mesmo, que embora pouco produtivo e atrativo, me ajuda muito na análise das minhas produções, e com certeza, refina o meu discurso. Muito obrigado por ler toda essa baboseira "pós peça de teatro interessantíssima" e garanto que vou presenteá-lo com uma maravilha da literatura. Ou não.
A propósito, não tenho problemas com escrita erótica, mas não quero ter esse foco agora. Quando eu estiver bem velho e sem dinheiro, talvez me ocupe escrevendo para pré-adolescentes se acabarem no 5x1. Enquanto a pobreza e a velhice não chegam, vou tratando de aprender a escrever coisas menos "estranhas". .
Vlw!
É, César, vejo que, mesmo sem querer, você está se tornando um grande pervertido. Be careful!
ResponderExcluirKKKKKKKK... Q estraanhuu... Oo
ResponderExcluireh mesmo... esquisito...
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