Reflexões sobre o Ensino Remoto
Caneta e lápis de cor. Abril 2021.
Às vezes, quando se entra em uma cidade nova sem um mapa, pode-se chegar a literalmetne qualquer lugar sem jamais saber o que se há para ver - a abundância de opções também significa ausência de foco. A abertura que propõe a BNCC aliada à fragmentação dos currículos criou uma imensidão de informação, caótico; Nos anos iniciais, a tia pega a mão das crianaçs e pode guiá-las. Nos anos finais os alunos estão sozinhos.
Sempre nos perguntamos se o futuro da educação seria fadado à robôs pré-treinados para transferir conteúdos aos alunos de forma hegemônica; os cursos por video aula já existem desde a popularização das fitas K7 nos anos 80. A televisão já ensina coisas diversas e sem falar nos tutoriais-para-tudo disponíveis no youtube. Não é novo o conceito de Ensino Remoto, em 2020, fomos jogados sem preparação nessa realidade.
Estamos proporcionando combustível para a formação de uma sociedade não mais dependente do papel e caneta; essas crianças estão interagindo com sistemas hiper-letrados e dando um jeito de gerar conteúdo para essa máquina de demandas constantes. Hoje, o ensino é puramente conteudista e bancário mas fundamentado em bases progressistas que sempre resistiram à transformção da educação em mera transferência de saberes.
As disciplinas, como blocos que os alunos precisam vencer nada constribuem para a formação do ser integral a que se propõe a Base Nacional Comum Curricular, que mesmo retalhada em sua essência para funcionamento do ensino remoto, ainda carrega a formação do ser integral; a Educação de tempos de pandemia deve acolher os alunos que perderam suas oportunidades de convívio escolar e agora só interagem com textos, imagens e vídeos felizes. Precisamos apresentar aos nossos alunos esse mundo de informação em que vivmenos: nossa criação também.
tags: BNCC, ensino remoto, ensino híbrido, educação.
Comentários
Postar um comentário